quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Nós gostamos do livro, porque é legal, e ficamos empolgados com as partes.

(Valentina e Lucas O.)

O que achamos do livro

"Além da sua linguagem formal, "A Flauta Mágica" é um livro que proporciona emoção e tem uma magia que prende o leito ao livro"
(Luis Henrique e Vinicius)

Nossa Opinião

É muito interessante e com muitas aventuras e perigos,também tem muito romance e suspense.(Arlan).
É um bom livro de aventura, suspense e romance, e se torna bem divertido com os comentários de Papagueno. ( Évora)

       


Nossa Opinião

 "O livro é muito emocionante, com vários personagens divertidos e engraçados. O começo do livro admitimos que foi um pouco lento (tipo, não acontecia quase nada). Quando as coisas começam a fazer sentido, quando novos personagens aparecem (exemplo: Papaguena, Monostatos...), deixa uma coisa na gente que quer descobrir logo o final. Enfim, em geral o livro é ótimo, nossos parabéns ao autor Dionisio Jacob :)"

Gabi e Bya

O que você acha?

A flauta magica é um livro muito legal, que tem muita ação e emoção e isso é o que a gente acha desse livro.
Lucas C. Victor M.

O que achamos do livro

Eu achei muito legal pois contém muita ação, romance, aventura, drama,suspense, tudo o que o leitor adoraria  ler, obrigado Dionísio Jacob.
(Gui e Samuel)
Apesar de que a linguagem do livro é muito formal, é um livro bom de suspense, romance e aventura, mas tenho de admitir que não me emocionou muitas vezes, mas não nego que ele te obriga a ler até o fim
(pedro e felipe)

quarta-feira, 22 de agosto de 2012


 
Cena em que a Rainha da Noite pede para Tamino  buscar Pamina
(Vinicius e Luis Henrique)


Tamino é um jovem príncipe que está prestes a se tornar rei. Para isso, precisa passar por um teste de sabedoria no templo temível feiticeiro Sarastro, onde vão enfrentar muitos perigos. Perigo ainda maior é a paixão proibida por Pamina, a princesa mantida em cativeiro por Sarastro, filha da Rainha da Noite poderosa. A flauta mágica para ajuda Tamino superar tantos obstáculos?

(Pedro e Felipe)

Papagueno


Papagueno. As damas conversam com Tamino e revelam a ele os planos da Rainha da Noite: Elas apresentam um retrato de Pamina, a filha da Rainha da Noite, que teria sido sequestrada por Sarastro, que vive em um palácio. Ele é o pai da jovem e as três damas tentam convencer o príncipe de que ela corre o risco de perder a vida. Logo que vê o retrato, Tamino apaixona-se por Pamina. Está mesmo decidido a enfrentar todo e qualquer perigo por aquele amor.
Arlan e Évora

Tamino quando acordou encontrou Papagueno e ele disse que  tinha o salvado do dragão , atirando 9 flechas de uma vez Tamino desde então ficou amigo daquele homem chamado papagueno.

(Pedro e Felipe) 

Tamino tocando a Flauta


Tamino tocando flauta.
Arlan e Évora

Cena representando o encontro de Papaguena e Papagueno
(Vinícius e Luis Henrique)

Um DVD baseado na história Flauta Mágica


Animação 42 minutos, cor, para maiores de 4 anos. Baseado na Ópera homônima de Wolfgang Amadeus Mozart.
(Gui e Samuel)

Tamino e Pamina

(Valentina e Lucas O.)

Tamino tocando a flauta magica e Pamina se escondendo de monostatos
(Pedro e |Felipe)

Papagueno, um homem mentiroso, porém divertido, ele conta suas histórias fantasiosas com tanto gosto que ninguém consegue ter raiva dele, a não ser as filhas gêmeas de Astrafiamante, para a qual ele trabalha como passarinheiro.
(Pedro e Felipe)

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Baú de Histórias - A Flauta Magica - W. A. Mozart


(Pedro e Felipe)

Uma foto da peça a flauta mágica.
Arlan e Vinicius

vinicius e arlan

A flauta magica tem mais de 1001 versões

Lucas C. Victor M.

Sucesso teatral para adolescentes A flauta mágica
supera os 20 mil espectadores em apenas 4 meses
A flauta mágica tem se tornado uma das principais atrações teatrais para o público infanto-juvenil desde sua estréia em março, no Teatro Imprensa (São Paulo). A peça é baseada no livro homônimo de Dionisio Jacob, publicado pela SM em 2004, e faz parte do Projeto Literatura no Teatro, do Centro Cultural Grupo Silvio Santos (CCGSS), que propicia o contato de alunos e educadores com o teatro e a literatura. SM é uma das principais incentivadoras do projeto, através da doação de 20 mil livros para distribuição a professores da rede pública de São Paulo, e de mais 500 exemplares para sorteio no final das apresentações, além da divulgação da peça em centenas de escolas da capital.
            Até julho, 163 escolas assistiram à peça (89 da rede pública, 74 da rede particular e 5 instituições carentes). Em total, quase 16 mil alunos e mais de 1.700 professores tiveram acesso à montagem, ao longo de 84 representações. Nos finais de semana, mesmo durante as férias escolares de julho, o teatro abre as portas para o público espontâneo: Quase 4.400 pessoas compareceram em apenas 4 meses. A peça ficará em São Paulo até novembro de 2008. A partir de 2009, o projeto entrará em itinerância para o interior de São Paulo, e posteriormente se apresentará em outras capitais brasileiras.
Com adaptação para o teatro de Vladimir Capella e direção de Roberto Lage, a peça é baseada no livro de Dionisio Jacob, que transformou em texto literário a mais famosa ópera de Mozart. A flauta mágica conta a história de Tamino, um jovem príncipe que quer adquirir o conhecimento para tornar-se rei. Para isso, ele precisa realizar a Prova da Sabedoria no templo do bruxo Sarastro. No caminho, é atacado por uma serpente e só sobrevive porque é socorrido pelas três filhas da temível Rainha da Noite. Ela pede ao jovem que se dirija ao templo de Sarastro para resgatar sua outra filha, Pamina, que teria sido seqüestrada pelo terrível bruxo. O príncipe segue viagem, mas ao chegar ao templo, descobre que as coisas não são como a Rainha lhe contou...
Nascido em São Paulo em 1951, Dionisio Jacob já publicou contos, novelas e romances. Também escreve roteiros para programas de televisão, como o premiado programa Castelo Rá-Tim-Bum, da TV Cultura.
A SM faz parte do Grupo SM, fundado há 60 anos, na Espanha, onde é líder de mercado nas áreas de publicações escolares (didáticas e para-didáticas) e literatura infantil e juvenil. Iniciou suas atividades no Brasil em agosto de 2004. Desde então, a SM vem construindo no país um projeto cultural amplo, que envolve publicação de ótimos livros, intenso suporte ao trabalho do professor na escola, apoio a pesquisas educativas, um projeto de avaliação de escolas e o Prêmio Barco a Vapor, que busca estimular a produção literária infanto-juvenil nacional.

Ficha técnica - A flauta mágica
Autor: Dionísio Jacob; Edições SM; 224 páginas; R$ 22,00.
Coleção Barco a Vapor. Série Vermelha – Leitor crítico. A partir de 12/13 anos.
(Pedro e Felipe)


(Valentina e Lucas O.)

A Flauta Mágica Rainha da Noite


(Pedro e Felipe)

imagem

Esse ai é o autor do livro
(Luis Henrique  e Évora)

Reportagem sobre o livro da flauta mágica

A “Flauta mágica”, obra-prima de W.A. Mozart (1756 – 1791), marca o apogeu da cultura musical clássica, na Viena do século XVIII. No Banquete Clio “Flauta mágica”, o professor Dr. Francisco Marshall, historiador, contextualizará gênero, autor e obra, examinando as tramas, as simbologias e a linguagem musical de Mozart. É no dia 30 de setembro, sexta-feira, às 20h no Studio Clio. O flautista Leonardo Winter, professor da UFRGS e músico da OSPA, faz uma participação musical especial.

A ópera estreou no Theater auf der Wieden em 30 de setembro de 1791, há 220 anos, traduzindo ideais iluministas vigentes na época. Ela trouxe personagens e composições marcantes que são reinterpretadas até a contemporaneidade, como o dueto de Papagueno e Papaguena, e as duas árias da Rainha da Noite.

A gastronomia fica a cargo da dupla de chefs Leonardo Magni e Liliana Andriola. Para o coquetel de boas-vindas eles preparam pão preto com pesto de azeitona preta, queijo minas e gergelim preto; salsicha Viena com espuma de raiz forte e maçã e miniwrap de repolho confitado no aceto e cogumelos. Para a entrada, apresentam molho de damasco sobre confit de coelho, rillete de porco e terrine de queijo de cabra e espinafre com garrapiñada de amêndoas. Codorna recheada com batatas rústicas e bacon, ao molho de frutas vermelhas e vinho branco com polenta mole e azeite de trufas é o prato principal. Por fim, na sobremesa, será servido sachertorte invertido com sorvete de gengibre. A harmonização de vinhos é de Fernando Quimbay da Vinhos do Mundo.

Até o dia 28 de setembro o valor do banquete é de R$ 120. Após esta data, o valor passa para R$ 130. Reservas e cancelamentos podem ser feitos até a véspera do banquete, às 18h, pelo telefone (51) 3254-7200. mais informações pela página www.studioclio.com.br. Esta atividade faz parte da programação Gastronomia Cultural Studio Clio Claro.


(Samuel e Guilherme)
As três irmãs salvando príncipe Tamino
(pedro e Felipe)

flauta magica versão da peça

Biografia sobre Dionisio Jacob


Dionisio Jacob (São Paulo, 1951) é um escritor e roteirista brasileiro.
Foi um dos fundadores do Pod Minoga Studio, grupo de vanguarda do teatro paulistano nos anos 70. O grupo se caracterizava por uma linguagem polivalente, ou seja, todos os integrantes participavam de todos os momentos do processo criativo, desde a feitura do texto até a criação de cenários e figurinos. Em 1978, o Pod Minoga recebeu o prêmio Governador do Estado pela melhor direção.
Nos anos 80, Dionisio atuou como professor de artes em diversas instituições do Estado de São Paulo, chegando a manter por toda a década uma pequena escola de artes para crianças e adolescentes, chamada "Casa do Sol", no bairro de Perdizes. Com formação em Artes, desenvolveu muito trabalhos e exposições nesta área.
A partir de 1989 passou a escrever roteiros para televisão, especializando-se no segmento infanto-juvenil. Roteirizou programas como Rá-tim-bum, Glub-Glub e Cocoricó, para a TV Cultura, e TV CRUJ, para o SBT, todos premiados pela APCA.
Gabriela & Byanka 

    PARA ENTENDER MELHOR A FLAUTA MÁGICA
(Publicado no programa do Festival de Ópera 2002 do Theatro da Paz em Belém)  
A Flauta Mágica é uma ópera que fala do amor. Sua mensagem é ao mesmo 
tempo simples e profunda. Um casal que  se ama só atinge o estado ideal de 
comunhão de almas quando os dois trabalham juntos na superação de inúmeras 
dificuldades que a vida lhes coloca, fortalecidos pela virtude e pela confiança. Sob 
esse aspecto, é uma fábula sobre o amor espiritual, puro e sereno, cuja moral foi tão 
bem aceita e assimilada em sua estréia (1791) quanto o é hoje. 
Existe porém um outro aspecto que, embora facilmente percebido pelo público 
vienense da ocasião, hoje nos escaparia totalmente, se uma série de estudiosos não 
tivesse, ao longo do tempo, analisado a  ópera em detalhes  e publicado suas 
observações.  
A Flauta Mágica  é repleta de símbolos e alegorias relativos à Maçonaria, da 
qual faziam parte tanto Emmanuel Schikaneder, o autor do texto da ópera, quanto seu 
compositor, Mozart, que viria a falecer apenas dois meses depois da estréia, e que 
havia encontrado grande conforto espiritual no seio daquela fraternidade em seus 
últimos anos.  
 O número três, muito importante tanto na filosofia quanto nos ritos maçônicos, 
é citado com freqüência no texto e na música. São três as damas que salvam Tamino 
do dragão, e três são os meninos que o conduzem às três portas dos três templos, o da 
Razão, o da Sabedoria e o da Natureza. A nona cena do primeiro ato tem como 
personagens três escravos de Monostatos. No início do segundo ato, Sarastro 
responde a três sacerdotes sobre a iminente prova de Tamino, enumerando três 
atributos do jovem: Virtude (Tugend), Discrição (Verschwiegenheit) e Caridade 
(Wohltätig). O diálogo seguinte, entre Sarastro e o Orador do Templo, é interrompido 
por três toques de trompa, cada um deles constituído de três acordes iguais. Estes três 
acordes, que já tinham sido ouvidos no início da abertura da ópera, representam as 
três batidas rituais com as quais o aspirante a maçom pede para ser admitido na Loja. 
Sua tonalidade é mi bemol maior, que se indica na partitura grafando-se três bemóis ao lado da clave. Essa simbólica tonalidade aparecerá em muitos outros lugares da 
ópera. Ainda quando Tamino e Papageno são levados ao templo para aguardar as 
provas, a percussão executa uma série de três trovões, que se  misturam às vozes. 
 Também o número dezoito, múltiplo de três, que dentro da hierarquia maçom 
equivale a um dos importantes Graus Capitulares, o de Soberano Príncipe Rosa-Cruz, 
aparecerá várias vezes. Sarastro faz sua  primeira aparição na ópera durante a 18
a

cena do primeiro ato. O libreto original observa que o cenário do início do segundo 
ato deve apresentar dezoito cadeiras onde se sentarão dezoito sacerdotes. O hino O
Isis und Osiris, welche Wonne (Oh Isis e Osíris, que alegria) entoado mais adiante 
pelos sacerdotes, tem dezoito compassos, e abre a 18
a
. cena do segundo ato. E 
Papagena, que aparece inicialmente como uma mulher muito velha, arranca risadas 
da platéia quando diz a Papageno ter apenas dezoito anos. O Grau Rosa-Cruz é citado 
indiretamente ainda quando os três meninos, ao trazer de volta a flauta mágica e o 
carrilhão, entram em cena, segundo o libreto, numa plataforma voadora coberta de 
rosas. O lema daquele grau hierárquico, Virtude e Silêncio, enumera as qualidades 
exigidas de Tamino antes do início das provas. 
 Um outro aspecto alegórico importante é que os principais personagens de A 
Flauta Mágica representam, metaforicamente, personalidades ou instituições da vida 
real. 
 A perversa Rainha da Noite teria sido inspirada pela Imperatriz Maria Teresa, 
cujo governo de cunho absolutista, simbolizado pelas trevas que acompanham a 
personagem, proibiu a existência da Maçonaria. O belo príncipe Tamino seria na 
verdade José II, o filho de Maria Teresa que a sucedeu no trono. Seu governo foi 
muito mais liberal do que o da mãe, e  permitiu que as assembléias maçônicas 
voltassem a se reunir. A doce Pamina representaria a Áustria, que o iluminado 
Tamino/José II liberta das trevas e traz para a luz da verdade maçônica com o auxílio 
do grão-sacerdote Sarastro, personagem  inspirado no geólogo Ignaz von Born, o 
respeitadíssimo líder da Loja  A Verdadeira Harmonia, uma das mais importantes 
agremiações maçônicas austríacas. Para que não restem dúvidas, o texto da segunda 
ária de Sarastro, In diesen heil’gen Hallen (Nestes sagrados recintos), é a reprodução dos altos ideais da maçonaria. Papageno, por sua vez, encarna o bom e simples 
camponês, o homem comum, com seus valores autênticos, cujas preocupações são 
encontrar uma boa esposa, constituir família e contar sempre com a tranqüilidade de 
uma mesa farta. Finalmente, o mouro Monostatos tem sido interpretado como uma 
sátira aos jesuítas, que se trajavam de negro e cuja ordem se opôs à maçonaria com 
todas suas forças. 
 Embora alguns livros sobre ópera afirmem que a ópera se passe no Egito da 
antiguidade -  país onde se acredita que a maçonaria tenha  nascido - , nenhuma 
referência no libreto nos permite tomar esta afirmação como absolutamente correta. É 
preferível, então, imaginarmos que a ambientação de  A Flauta Mágica  se  dá  num 
distante país oriental, nos tempos da antiguidade. 
A FLAUTA MÁGICA ‐ SINOPSE
ATO I:
Uma planície selvagem. O garboso príncipe Tamino entra correndo, perseguido por uma enorme 
serpente. Assustado e exausto, ele desmaia, e quando o monstro está para atacá-lo, surgem as três Damas da 
Rainha da Noite e matam a serpente com suas lanças. Acham o jovem muito bonito, e cada uma delas quer 
ficar só, esperando que ele acorde, enquanto as outras  duas vão avisar a rainha. Como não chegam a um 
acordo, resolvem ir as três juntas. 
 Tamino desperta, sem entender como a serpente jaz morta a seu lado. Chega Papageno, o alegre 
passarinheiro da rainha, cujo corpo é coberto por uma penugem parecida com a dos pássaros que captura e 
leva para embelezar o palácio, recebendo em troca vinho e comida. Papageno é todo simplicidade, e vive 
sonhando em encontrar a esposa ideal. Quando Tamino lhe diz que é um príncipe, filho de um soberano 
poderoso que reina sobre muitas terras, Papageno, fica muito espantado, pois não sabia que existiam outros 
países além do seu. Tamino então lhe agradece por ter matado a serpente, e Papageno, orgulhoso por passar 
por herói, não conta a verdade. 
 As Três Damas retornam, e castigam Papageno , dando-lhe água e pedras em vez de vinho e bolos, e 
colocando-lhe um cadeado na boca para impedí-lo de falar mais mentiras. A seguir, mostram a Tamino o 
retrato da linda Pamina, a filha da Rainha da Noite. O príncipe se apaixona imediatamente. Nesse instante, a 
rainha faz sua entrada triunfal. Ela conta a Tamino que Pamina foi aprisionada pelo malvado sacerdote 
Sarastro. Antes de desaparecer, a rainha promete ao príncipe que se ele salvar sua filha, Pamina se casará 
com ele. 
 As Três Damas removem o cadeado da boca de Papageno, ordenando-lhe acompanhar Tamino em 
sua missão de resgate. Tamino recebe das mãos das  damas uma flauta dourada, e Papageno um carrilhão dotado de muitos sininhos. Ambos instrumentos são mágicos, e os protegerão na jornada. Seus guias serão 
três meninos. 
 A cena muda para uma sala ricamente mobiliada, onde três escravos comentam que Pamina ludibriou 
Monostatos, o servo mouro de Sarastro, e conseguiu fugir. Ouve-se a voz de Monostatos, pedindo umas 
correntes para prender Pamina, que ele acaba de recapturar. Os escravos saem, e o mouro, que insiste em 
conquistar o amor da princesa, a traz para dentro. Nesse instante surge Papageno, que encara Monostatos. 
Cada um deles fica tão apavorado com o aspecto do outro que ambos fogem correndo. Mas Papageno volta, 
e diz a Pamina porque veio até ali, explicando os detalhes da missão de Tamino, enamorado por ela desde 
que viu seu retrato. 
 Tamino é conduzido até a entrada dos Templos da Razão, Sabedoria e Natureza pelos três meninos, 
que lhe recomendam manter firmeza e paciência. Tamino tenta entrar nos Templos da Razão e da Natureza, 
mas vozes internas ordenam que ele se afaste. Ao bater à porta do Templo da Sabedoria, surge o Orador do 
Templo, que conta ao jovem príncipe como a Rainha da Noite o enganou. Sarastro não é nenhum demônio 
malvado, mas  o venerando soberano do Templo da Sabedoria. O Orador, impedido por um juramento, nada 
mais pode explicar e vai embora. Misteriosas vozes informam a Tamino que Pamina está a salvo, e que logo 
ele terá a oportunidade de adquirir sabedoria. 
 Na esperança que Pamina e Papageno o ouçam, Tamino toca a flauta mágica. Animais de todas as 
espécies, enfeitiçados pelo som da flauta, saem de suas tocas para ouvir a música. Quando Tamino para de 
tocar, os animais vão embora. À distância, Papageno responde, tocando sua flauta de Pã. Tamino, sai para 
procurar Papageno, mas vai na direção contrária. Pamina e Papageno entram e são presos por Monostatos e 
seus seqüazes, que vieram em seu encalço. Subitamente, Papageno lembra-se de seu carrilhão mágico e põese a tocá-lo. O efeito é supreendente: o mouro e seus asseclas, enfeitiçados, não conseguem parar de dançar.  
 Em solene desfile, entram agora os sacerdotes, precedendo o carro de Sarastro, puxado por seis 
leões. Pamina, aterrorizada, implora o perdão do sacerdote por ter tentado escapar, explicando não mais 
suportar as investidas de Monostatos. Tamino volta à cena, encontrando Pamina pela primeira vez. Caem nos 
braços um do outro, docemente apaixonados, enquanto Monostatos espuma de raiva. Sarastro manda castigar 
o mouro com 77 chibatadas nas solas dos pés, e depois abençoa o jovem casal. A seguir, manda levar 
Papageno e Tamino para o interior do Templo da Sabedoria. Ambos devem ser preparados para as provas de 
purificação. O coro dos seguidores de Sarastro entoa  um hino final que fala dos elevados ideais que 
transformarão a terra num paraíso. 
ATO II:
 Um bosque sagrado. Os sacerdotes entram em austera procissão, e Sarastro lhes informa que Tamino 
deseja fazer parte da irmandade. Foram os deuses, explica ele, a determinar que Tamino deveria procurar 
Pamina, e por isso mandou raptar a princesa, subtraindo-a à guarda da mãe. Dois sacerdotes são escolhidos 
para instruir Tamino e Papageno sobre o ritual que os espera. Em seguida, todos elevam uma oração aos 
deuses Isis e Osíris.  Cai a noite sobre o pátio do templo, para onde os Dois Sacerdotes trazem Tamino e Papageno, que 
morre de medo do escuro. Os sacerdotes perguntam aos dois se estão preparados para enfrentar as provas de 
iniciação. A resposta é afirmativa, embora Papageno não pareça tão convincente quanto Tamino. Eles 
aceitam então um voto de silêncio, que Papageno custará a manter. Após a saída dos sacerdotes, surgem as 
Três Damas, instruídas para fazer com que os dois  companheiros voltem a obedecer a Rainha da Noite; 
vozes do Templo, entretanto, ameaçam as Damas com o fogo do inferno, e elas fogem muito assustadas sem 
nada conseguir. 
 Num jardim, Pamina dorme. Monostatos, ao vê-la, executa uma dança lúbrica ao seu redor, enquanto 
afirma que ninguém o ama por causa da cor de sua pele. Quando vai tentar beijar Pamina, ouve-se um trovão 
e surge a Rainha da Noite, furiosa, e ordena rispidamente ao mouro que se afaste. Pamina acorda, sua mãe 
diz que foi traída e dá à filha um punhal, instruindo-a a matar Sarastro e trazer para ela o ornato do Círculo 
Solar das Sete Dobras que o Grão-Sacerdote usa no peito. Quando a Rainha desaparece, Pamina diz a si 
própria que não pode matar Sarastro. Num salto, Monostatos arranca o punhal de Pamina e tenta chantageá-
la: se ela não aceitar seu amor, o mouro a denunciará como assassina. A chegada de Sarastro põe o mouro a 
correr. Pamina pede piedade para sua mãe e o Sacerdote a acalma, dizendo que dentro das sagradas paredes 
do Templo não existe lugar para a vingança. 
 Na cena seguinte, os Dois Sacerdotes conduzem Papageno e Tamino para um recinto do Templo. 
Ignorando os votos de silêncio, apesar dos sinais reprovadores de Tamino, Papageno fala em voz alta o 
tempo todo. Quando ele pede algo para beber, entra uma mulher muito velha, trazendo-lhe um copo de água. 
Na animada conversa que se segue, a velhota diz que  tem apenas dezoito anos e que é a namorada que 
Papageno sempre procurou. Antes que ela possa dizer seu nome, ouve-se um trovão e a velha foge. Surgem 
os três meninos, trazendo a flauta e o carrilhão mágicos, e,  para grande alegria de Papageno, uma mesa 
coberta de iguarias e bebidas. Enquanto o passarinheiro mergulha na comida,  Tamino toca a flauta, atraindo 
Pamina, feliz por reencontrar seu amado. Mas Tamino, mantendo o voto de silêncio, não lhe dirige a palavra, 
e a moça parte agoniada, acreditando que ele não mais a ama. O trombone soa três vezes. É o sinal que as 
provas de Papageno e Tamino vão começar. 
 Na cripta da pirâmide, os sacerdotes agradecem a Isis e a Osíris por considerar Tamino digno de sua 
fraternidade. Antes do início das provas de Tamino, Sarastro traz a triste Pamina para despedir-se dele, e 
todos partem em seguida. 
 Papageno agora é testado, sendo cercado pelo fogo. Após observar sua reação, o Orador do Templo 
lhe diz que infelizmente, ele não foi aceito entre os iniciados. Aliviado, Papageno comenta que do que mais 
ele gostaria agora seria um bom copo de vinho. Após ter seu desejo atendido, ele volta a sonhar com uma 
boa e afetuosa esposinha. É quando aparece novamente a velhota. Papageno deve escolher entre tornar-se seu 
noivo ou passar o resto da vida na prisão a pão e água. Sem opção, Papageno concorda em casar-se com ela, 
e a velha se tranforma, num passe de mágica, numa lindíssima jovem chamada...Papagena ! Mas a alegria de 
Papageno dura pouco. Os sacerdotes a expulsam, pois o passarinheiro ainda não está pronto para ela.  Num pequeno jardim, enquanto esperam o amanhecer, os três meninos se deparam com Pamina 
desesperada, preparando para suicidar-se com o punhal que a mãe lhe dera. Reconfortando-a, os meninos 
fazem-na desistir desse ato impensado, assegurando-lhe que Tamino a ama profundamente.  
 Enquanto isso, Tamino, descalço, espera que dois guardas de armadura o preparem para as provas de 
purificação do fogo e da água. Ouve-se a voz de Pamina: ela vem acompanhá-lo nas provas. O voto de 
silêncio pode ser agora rompido, e os dois manifestam seu amor. Abraçado a Tamina, o príncipe toca a flauta 
mágica para afastar a angústia e o sofrimento, e os dois, lado a lado, galhardamente, superam ambas as 
provas. 
 Nesse meio tempo, o pobre Papageno anseia  por sua Papagena. Vendo desaparecer sua última 
chance de felicidade, pensa em enforcar-se. Mas os três meninos, vigilantes, sugerem que ele use seu mágico 
carrilhão para atrair sua amada. O estratagema funciona, e finalmente, Papageno poderá ser feliz ao lado da 
esposa pela qual esperou a vida toda. 
 A Rainha da Noite, acompanhada das Três Damas  e de Monostatos, preparam-se para tentar um 
último ataque contra o Templo, mas intensos raios e trovões os derrotam definitivamente. O sábio e bondoso 
Sarastro saúda a vitória da luz contra as trevas. O Bem venceu o Mal, e a ópera termina com um coro de sacerdotes agradecendo aos deuses. 
Lucas C. e Victor M.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Teatro a Flauta Mágica


Nós do 7°ano iremos fazer um peça do livro A Flauta Mágica. Será muito legal, pois o professor vai poder avaliar quem realmente prestou atenção no texto. Desejem-nos boa sorte.

Byanka


Mozart e a Flauta Mágica


Flauta Mágica, obra de Mozart, tem dois aspectos fascinantes: a história, quase infantil, que raramente chega às crianças, e a música que há 200 anos fascina os adultos.
Se a história de Lewis Carrol Alice no País das Maravilhas desafia claramente o leitor pela sua riqueza simbólica, dificilmente cifrada pelo adulto, a Flauta Mágica tem sido considerada, para os não iniciados, como uma história simplória, com versos medíocres, com uma moral primária e corriqueira.
O libreto de A Flauta Mágica parece ter sido escrito em 1731, relacionado com os Mistérios Egípcios. O próprio Mozart, como iniciado maçom, o conhecia certamente.
Eis a história: um príncipe (Tamino), e um caçador de pássaros (Papagueno), atendendo ao apelo de uma rainha (a Rainha da Noite), tentam resgatar a princesa (Pamina), sequestrada num castelo.
Para cumprir essa missão, Tamino e Papagueno recebem da Rainha da Noite, por intermédio das suas damas, um carrilhão e uma flauta mágicos, além de três gênios que serviriam de guias. São representados, na ópera, por três crianças.
Por caminhos diferentes, Tamino e Papagueno chegam ao palácio de Sarastro. Pamina está lá, realmente prisioneira, atormentada por um escravo mouro de Sarastro (Monostatos), que já tentara violá-la na ausência do amo.
Chega Papagueno e Monostatos foge. Entretanto, Tamino discute com um sacerdote do templo de Sarastro: este lhe diz que Sarastro não é mau, mas nobre e justo, e que um dia, ele, Tamino, compreenderá tudo. Isso abala completamente os propósitos iniciais de Tamino.
Os três acabam presos quando Sarastro chega. Manda chicotear o escravo, explica a Pamina que sua mãe, a Rainha da Noite, é uma mulher perigosa e determina que Tamino e Papagueno sejam submetidos às duras provas no templo, como, por exemplo, a prova do silêncio.
Se passarem por tais provas, entrarão para a irmandade. Tamino receberá ainda a mão de Pamina e Papagueno o que ele mais deseja na vida: uma mulher para se casar. Entretanto, Pamina, adormecida, desperta a luxúria de Monostatos. Mas chega então a Rainha da Noite e mostra que Sarastro tinha razão: ela aterroriza a filha e lhe dá, cheia de ódio, um punhal, para que assassine a Sarastro. Depois desaparece.
Monostatos, que viu tudo, chantageia Pamina. Contudo, chega Sarastro, que expulsa o mouro e tranqüiliza a rapariga, dizendo que naquele templo não há lugar para a vingança. Enquanto isso, Tamino vai passando nas provas, mas Papagueno não consegue sequer ficar calado. Acaba por ser expulso do templo. Pamina vai encontrar-se com o príncipe e não compreende que ele não lhe resposta.
Julga que Tamino não mais a ama, fica desesperada, pensa em suicidar-se com o punhal – mas é impedida pelos três gênios. Volta ao templo e tem permissão para acompanhar Tamino nas suas últimas provas: a do fogo e a da água – o que os dois conseguem superar com sucesso, protegidos pelo som da flauta mágica.
Vagueando pelos bosques, Papagueno, inconsolado e cômico, pensa também no suicídio, mas também ele é salvo pelos três gênios. Sugerem-lhe que ele, Papagueno, toque o seu carrilhão mágico: ao som do instrumento aparece-lhe o que mais desejava: uma companheira.
Na escuridão da noite chegam a Rainha da Noite e o seu séqüito, guiados agora por Monostatos, que se aliou contra Sarastro, ante a promessa da mão de Pamina. Vão destruir o templo e matar Sarastro e os sacerdotes. Mas estes irrompem com um poder descomunal e aniquilam as pérfidas criaturas. Pamina e Tamino casam-se com grande pompa e com muitas congratulações pela sua coragem, fidelidade e virtude”.
O libreto fascinou tanto o rosa-cruz Goethe que ele se propôs a fazer com ele o mesmo que fizera com a sua obra-prima Fausto: escrever uma segunda parte. Em resumo, a história é essa.
Comecemos o estudo pelo simbolismo do número das personagens: são nove. Dentro da simbologia gnóstica, o número é chave para a compreensão de múltiplos mistérios, tanto no microcosmos quanto no macro.
O príncipe Tamino é verdadeiramente o herói da história. Ele representa a todos os Iniciados (homens e mulheres), que realizam em carne própria a Grande Obra, a Magnus Opus. Logo nos primeiros acordes surge Tamino numa situação incrível: a fugir de um dragão (uma serpente, no texto original). Essa Serpente-Dragão representa as forças caóticas da natureza, as forças do Ego. A representação de uma personagem de Mozart é sempre feita de modo que qualquer pessoa a compreenda de imediato.
As primeiras palavras de Tamino, que grita por socorro, é um autêntico aviso do autor de que vamos entrar num território, inédito aos olhos do não-iniciado. Reside aqui precisamente a falta de compreensão desta obra musical. É que ela trata de segredos iniciáticos, que não são do conhecimento vulgar.
A segunda personagem é a princesa Pamina. Tamino, o príncipe, apaixona-se ao ver o seu retrato. Muito se tem escrito sobre esta dualidade, Tamino-Pamina. Quando Tamino vê o retrato, canta uma ária lindíssima. Serviu de fundo musical ao filme O Enigma de Kaspar Hauser. Pamina representa nossa Alma Divina, a Consciência, adormecida e presa pelo Ego e pela Mente.
A 3ª personagem é Papagueno. É a mais exótica, popular e sedutora. É o caçador de pássaros. É o “cão” que guia o cavaleiro, é o instinto que nos auxilia a trilhar corretamente o Caminho.
A 4ª é Monostatos, o criado mouro. (No filme, a cena entre Monostatos e Pamina foi alterada em relação ao original. Bergman substituiu as ameaças e a tentativa de Monostatos apunhalar Pamina por uma única, curta e sibilante entrada do mouro, muito no seu estilo.)
A 5ª, 6ª e 7ª personagens são as três crianças, os 3 Reis Magos, os dois Vigilantes e o Guardião da Maçonaria. Guiam Tamino, informa-no como deve escolher e as atitudes de firmeza que devem adotar, mesmo as de obediência. Quando Pamino pensa no suicídio, essas personagens fazem a ele ver que não conhece verdadeiramente a situação e a inutilidade do seu tresloucado ato.
O mesmo acontece a Papagueno, a quem explicam que nem tudo está perdido e ainda há alguma coisa por que lutar.
7ª, 8ª e 9ª personagens são a Rainha da Noite e Sarastro.

A Explicação Esotérica

A Flauta Mágica inicia-se com três acordes majestosos, que se referem aos três passos ou graus fundamentais de todos os ensinamentos iniciáticos, e também aos 3 degraus de todos os altares místicos. O terceiro acorde corresponde aos três toques do candidato, quando a procura a porta do templo. A esses acordes segue-se, no original, uma marcha solene, preparada para instrumentos de metal, que simboliza o caminho a percorrer pelo Candidato, pelo Aprendiz.
O caminho é longo e o trabalho, cansativo. Mas o aspirante digno chega ao ponto culminante e torna-se um Iniciado. Na abertura, descrevem-se vários processos pelos quais a Pedra Bruta se transforma numa pedra trabalhada e viva. A abertura finaliza com a repetição das três pancadas ou acordes. Essa cena desenrola-se no Egito, num campo aberto, perto do Templo de Ísis. Tamino, quando entra em cena, é perseguido por um dragão, símbolo dos desejos inferiores, egóicos.
Faz uma prece e cai inconsciente. Surgem três jovens cobertas por véus. Simbolizam a purificação do corpo físico, do corpo de desejos e da mente, são os mesmos símbolos dos 3 cravos da cruz crística (os 3 graus de purificação pelo Fogo da Kundalini). A morte do dragão indica que Tamino alcançou a vitória sobre sua própria natureza inferior.
Tamino e Papagueno encontram-se. Logo depois surgem as três jovens que repreendem Tamino por reivindicar a morte do dragão, porque na verdade quem mata o Dragão não somos nós, mas uma força sagrada superior à mente. (Que Força será esta?) Dão a Tamino o retrato de Pamina, a filha da Rainha. Pamina representa a natureza espiritual do ser humano, Budhi, a Bela Adormecida ou a Consciência Espiritual, que é correntemente representada por uma figura feminina – como vemos nos textos de Salomão e de Camões.
Quando o discípulo se aperfeiçoa na busca e começa a sentir a maravilhosa beleza superior, se lhe dedica e consagra, realiza-se o que chamamos bodas místicas ou bodas de Canaã.
As três jovens informam a Tamino que foi escolhido para libertar Pamina, subjugada pela magia negra. Há um ensurdecedor barulho e surge a Rainha da Noite. Com palavras extremamente solenes relata o desaparecimento de Pamina, sua filha. Reconhece a piedade e sapiência de Tamino que considera capaz de a salvar. O cenário escurece de novo. É então que no aspirante se começa a desenvolver a clarividência.
Esta visão permite-lhe ver os mundos internos ou superiores. A pergunta que Tamino faz é a mesma de todos os aspirantes: “É verdade aquilo que vejo? Ou será apenas ilusão?”. O segundo ato começa com uma marcha solene, com música para instrumentos de sopro. Os sacerdotes, acompanhados por Sarastro, querem saber qual o objetivo da vinda de Papagueno.
Este responde-lhe que não se preocupa com a sabedoria, que apenas lhe interessa comer e beber. Tamino, por seu lado, deseja a sabedoria e, também, unir-se a Pamina. Há poucas pessoas, como Tamino, dedicadas ao serviço da Sabedoria! As três jovens experimentam Tamino, tentando-o convencer de que Sarastro lhe prepara uma traição. Tamino nega-se a ouvi-las.
É que em tempos de crise as forças unem-se para impedir o espírito de alcançar a luz e confundi-lo, separando-o da fonte de sabedoria. O segundo ato, na sua maior parte, é dedicado às provas do Aspirante. Esta cena termina com uma magnífica ária de Sarastro.
Cada instituição que se dedica ao estudo das leis divinas cria uma força dinâmica que pode ser utilizada para construir ou destruir. É da máxima importância que cada grupo aprenda a pôr em prática a seguinte regra: “viver e deixar viver”. A prudência é a melhor arma para combater qualquer tendência para a bisbilhotice, ciúmes, inveja ou ódio. Se isso for negligenciado, haverá discórdias, dissidências e, por fim a destruição.
As jovens oferecem-lhe então uma flauta mágica, o símbolo dos poderes latentes do espírito, da divindade adormecida no homem. (Lembre-se da flauta de Krishna, com 7 orifícios, e que ele utilizava para encantar bestas, homens e deuses.) O mago negro, Monostatos, símbolo dos poderes do espírito usados incorretamente, arrasta Pamina. Atira-a para um caldeirão e ordena a três escravos que a prendam.
Os três escravos são os corpos internos inferiores (de desejos, mental e causal), chamados também de Os 3 Demônios (Judas, Pilatos e Caifás), relacionados com os prazeres inferiores, com o medo e a ignorância.
Quando o cenário muda, veem-se três templos: o da Razão, à direita; o da Natureza, à esquerda e o da Sabedoria, no meio. Os três templos representam as três forças distintas: a masculina, a feminina e a união de ambas, isto é, a força masculina, a beleza feminina e a sabedoria, que é filha das duas. Representam também as Três Montanhas, ou graus de liberação absoluta do Mestre: a Montanha da Iniciação, a da Ressurreição e a da Ascensão.
Aparece depois um sacerdote idoso e Pamino sabe que está no Templo de Sarastro, o Sacerdote do Sol, o mago branco ou o Iniciado-Condutor. Explica-lhe que vivemos cercados de estímulos aos quais se reage conforme a espiritualidade que se tem. É assim que tem de começar o trabalho de autoaperfeiçoamento.
A lei fundamental diz que a verdadeira ação esotérica só pode ter sucesso se for baseada na união com o espírito. A pedra fundamental de todas as sociedades ocultistas iniciáticas pode ser encontrada nas palavras de Sarastro: “Nestas amplas galerias não se conhece vingança”, que não são, afinal, mais do que a repetição daquelas que lemos nas obras dos grande iniciados.
A cena final começa numa quase total escuridão. A Rainha da Noite aproxima-se de Monostatos, que leva uma tocha. Ouve-se um grito de pavor e surge Sarastro e os sacerdotes, Pamina e Tamino.
Nesta ópera, Mozart descreve a senda do candidato, que procura a luz, “pobre, nu e cego” (como todos nós, míseros seres adormecidos). Demonstra os passos do Caminho, as suas Provas, nas quais se prepara o espírito para se tornar digno de entrar no Templo (Interior), naquele templo verdadeiro, que é feito sem ruído de pedra nem de martelo, em que a luz do Conhecimento (Gnose) permanece eternamente.


Lucas e Victor

imagem da flauta mágica-versão antiga

Para quem não conhece a história, segue um pequeno resumo.


A estória se passa nas imaginárias terras do Egito em uma época distante.


I Ato

1º Cenário: Paisagem rochosa
O príncipe Tamino encontra-se numa árida paisagem rochosa. Sozinho e sem armas, ele é atacado por uma cobra gigante. Gritando por socorro, acaba por desmaiar. Atraído por seus gritos, aparecem as Três Damas da corte da Rainha da Noite, lilás matam o monstro e correm para relatar o ocorrido à sua soberana.Tamino acorda de seu desmaio e ouve a melodia de uma flauta de Pa. Ele se esconde. Papageno, que estava caçando pássaros para a Rainha da Noite, entra em cena. Ele está retornando ao palácio para se fortalecer com comida e bebida. Tamino sai de seu esconderijo e entre os dois se desenvolve uma conversa, pela qual o príncipe, entre outras coisas, descobre que ele se encontra no reino da Rainha da Noite. Como Tamino supõe que a cobra tenha sido morta por Papageno, agradece a ele por ter salvo sua vida. O caçador de pássaros aceita o agradecimento. Porém, as Três Damas da corte, que ficaram escutando a conversa, retornam e castigam-no pela mentira colocando-lhe um cadeado na boca. Elas mostram a Tamino um retrato da filha da Rainha da Noite, Pamina. Imediatamente, o príncipe é tomado de amor pela linda mulher e jura que a fará sua. As damas da corte lhe contam da complicada situação de Pamina: ela fora raptada pelo malvado e poderoso demônio Sarastro. Tamino promete salvá-la.


2° Cenário: Rainha da Noite
A Rainha da Noite aparece sob fortes trovoadas. Ela lamenta a perda de sua filha e manda que Tamino salve Pamina. Se ele conseguir libertá-la, ela deverá ser sua. A rainha e suas criadas desaparecem, mas as Damas logo retornam e entregam a Tamino uma flauta mágica, que deverá protegê-lo dos perigos. Elas tiram o cadeado da boca de Papageno, uma vez que a partir de agora ele deverá acompanhar o príncipe e auxiliá-lo em sua perigosa missão. A ele entregam uns sininhos mágicos e informam aos dois que eles serão guiados por três meninos.



3° Cenário: Sala egípcia
O cenário muda e se vê uma sala no palácio de Sarastro. Monostatos, o ardiloso criado, é o guarda de Pamina. Ele acaba de prendê-la novamente após uma tentativa de fuga e tenta conquistá-la. No momento mais crítico aparece Papageno. Assustado pela aparição deste estranho caçador de pássaros, Monostatos foge. Papageno, também cheio de medo, corre em direção contrária. Ele volta e reconhece Pamina, a filha da Rainha da Noite. Ele lhe assegura que em breve ela será libertada e que ele a levará agora ao seu salvador. Os dois partem apressados.



4° Cenário: Três templos
Neste meio tempo, os Três Meninos levaram Tamino ao bosque sagrado, onde no meio se encontram os três templos da razão, da natureza e da sabedoria. Suas tentativas de entrar nos primeiros dois templos falham: ele é rejeitado. Ao se aproximar do templo da sabedoria, um sacerdote idoso sai de encontro a ele. O sacerdote lhe explica acerca do verdadeiro caráter de Sarastro: Ele não é o tirano que foi descrito pela Rainha da Noite, mas sim um homem de sabedoria e honra. Tamino pergunta sobre o rapto de Pamina. O sacerdote, porém, não lhe dá qualquer explicação, mas assegura ao jovem que ele saberá reconhecer a verdade tão logo se torne um irmão de sua aliança. Tamino vacila entre seus sentimentos contraditórios, mas seu humor se alegra quando ouve vozes do templo que lhe dizem que Pamina se encontra em segurança. Com sua flauta, ele amansa os animais selvagens e finalmente vai na direção da qual ele ouviu os sons da flauta de Pa de Papageno. Neste momento Papageno e Pamina chegam à floresta. Papageno toca novamente sua flauta e Tamino responde, mas antes de prosseguir, Monostatos e seus escravos os pegam. Papageno lembra-se de seus sininhos mágicos e os toca. O criado e seus escravos se vêem obrigados a dançar ao som dos sininhos e se afastam. Neste momento ouvem-se sons de trompetes que anunciam a chegada de Sarastro e seus seguidores. Pamina se ajoelha diante de Sarastro e confessa sua culpa. Ela quis fugir por causa do mal-intencionado Monostatos e por ter, como filha, o dever de retornar à sua mãe. Sarastro a manda levantar-se. Ele lhe assegura que nunca lhe acontecerá nada de mal, mas também a avisa que de sua mãe somente hão de vir males. Monostatos entra com Tamino preso. Pamina e Tamino se reconhecem imediatamente e se abraçam. Sarastro mostra seu desagrado para com Monostatos por causa de ter molestado Pamina e ordena que Tamino e Papageno se preparem para as provações que deverão acontecer antes que Tamino possa chegar ao seu objetivo. Depois Sarastro parte com Pamina.

II Ato

5° Cenário: Floresta de palmeiras douradas
Os sacerdotes se reúnem na floresta de palmeiras para decidir se Tamino está pronto para iniciar as provas de admissão na aliança. Sarastro pleiteia convincente e calorosamente a favor da aceitação de Tamino e diz que os deuses determinaram o casamento de Pamina com Tamino. Por este motivo, esclarece Sarastro, ele mandou tirar Pamina de sua mãe. Depois disso, ele se afasta do local.


6° Cenário: Ruína do templo
Tamino e Papageno são conduzidos ao lugar. É noite. Pergunta-se a Tamino se ele está disposto a aceitar qualquer prova, mesmo que isso signifique a morte. Tamino aceita o desafio. Papageno não tem tanta certeza, mas suas dúvidas desaparecem depois que ele fica sabendo que Sarastro lhe reservou uma linda noiva. Os dois devem fazer um juramento, comprometendo-se a não falar. Esta deverá ser a primeira provação para que possam continuar. Logo após ficarem sozinhos, aparecem as Três Damas e tentam de persuadi-los a falar. Mas Tamino e também Papageno - não sem alguma ajuda do príncipe - não cedem e permanecem calados. Os sacerdotes retornam e conduzem os dois para prosseguir as provas.



7° Cenário: Jardim com esfinge
Vemos um jardim, onde Pamina se encontra dormindo. Monostatos se aproxima de Pamina cheio de desejos, mas a Rainha da Noite ordena que ele se afaste. Pamina acorda. Sua mãe lhe entrega um punhal e exige que ela mate Sarastro. Com estrondo de trovões, ela se retira. O criado, que ouviu a conversa, chega perto de Pamina, que está inconsolável e confusa, e tenta convencê-la de que ela somente será salva desta situação se lhe der amor. Mas Pamina se recusa e fica desesperada. O criado arranca-lhe o punhal e pretende assassiná-la; porém, neste exato momento chega Sarastro e o expulsa.



8° Cenário: Salão do templo
Tamino e Papageno estão sozinhos no salão do templo, ainda sob juramento de manter silêncio. Uma mulher bem velha entra e conversa com Papageno. Ele fica curioso, esquece de seu juramento e fala com ela. Quando ele pergunta pelo seu nome, ouve-se um trovão e a velha vai embora. Os Três Meninos trazem comida e bebida ao salão, bem como a flauta mágica e os sininhos. Pamina entra. Sua alegria de finalmente ter encontrado Tamino se transforma em tristeza ao perceber que Tamino não lhe responde e, por meio de gestos, tenta afastá-la. Desesperada, ela parte e decide encontrar a paz na morte, pois pensa que ele, Tamino, não a ama mais. Trompetes soam, chamando os homens para a reunião. Papageno permanece para terminar sua refeição; porém, quando entram seis leões no salão, levanta-se rapidamente e chama por Tamino para lhe prestar socorro. O príncipe atende ao chamado. Quando vê os leões, toca sua flauta e estes se amansam e se afastam.


9º Cenário: Abóbada subterrânea no interior de uma pirâmide
Tamino e, em seguida, Pamina, são conduzidos para um salão no interior do templo. Sarastro pede à moça que se despeça de seu amado, pois este agora partirá para realizar a prova mais difícil. Após sua despedida, ela é retirada e Sarastro se afasta juntamente com o príncipe. Agora chega Papageno ao mesmo lugar. É dito a ele que ele não se comportou como devia, mas que os deuses o perdoarão. Porém, Papageno nunca será aceito no círculo da aliança. Papageno reage com indiferença e confessa que mesmo assim gostaria de ter sua mulher amada. No mesmo instante, a velha aparece. Ela está disposta a selar um relacionamento com ele, mas Papageno resiste. Somente quando ela ameaça de que ele ficará para sempre trancado neste local a pão e água, ele finalmente concorda meio contrariado, jurando-lhe fidelidade eterna. Neste momento a velha se transforma em uma jovem e bela mulher, totalmente vestida com penas coloridas: a Papagena. Os dois correm para se abraçar, mas antes um sacerdote aparece para levar Papagena. Os Três Meninos vão ao encontro de Pamina, que está num jardim. Ela está completamente desesperada e tenta se matar com o punhal que recebera de sua mãe. Os Três Meninos, porém, conseguem evitar o pior e a fazem desistir do suicídio, asseguram-lhe que Tamino verdadeiramente ainda a ama e chamam-na para que os acompanhe a fim de procurá-lo.


10º Cenário: Prova do fogo e da água
Neste ínterim, Tamino fora conduzido à caverna dupla do fogo e da água, onde há dois guardas. Tamino pede que se iniciem as provas. De repente, ele escuta a voz de Pamina, chamando para que ele a espere. Ele recebe a permissão de falar com ela e os dois amantes se abraçam. Pamina pede Tamino que este coloque toda sua confiança no seu amor e na flauta mágica. Acompanhados pela melodia da flauta, os dois vencem a prova e conseguem passar incólumes pelas cavernas do fogo e da água. Agora, abrem-se os portões do templo e os sacerdotes recebem o casal com júbilo. Sarastro caminha à frente em direção ao salão principal. Também Papageno é salvo do suicídio pêlos Três Meninos. Eles o encontram no momento em que ele pretendia se enforcar numa árvore, motivado pelo desgosto de não ter achado sua Papagena. A conselho dos Meninos, Papageno toca os sininhos mágicos e Papagena aparece. Os dois se reencontram cheios de entusiasmo e alegria e partem de braços dados.


11º Cenário: Templo do sol
Diante dos muros do templo estão a Rainha da Noite, Monostatos e as Três Damas da corte. Pela última vez querem tentar executar seu plano de vingança. A Monostatos foi prometida a mão de Pamina caso ele desempenhe com sucesso seu papel no plano. De repente, irrompe uma tempestade terrível e relâmpagos aparecem no céu. A terra se abre e engole os malvados. Imediatamente o cenário muda para um gigantesco templo do sol. Sarastro, Pamina e Tamino ao seu lado, rodeado de sacerdotes, encontram-se nos degraus do templo. O Sarastro exalta a vitória das forças da luz sobre as forças das trevas. A ópera finaliza com uma cerimônia de agradecimento aos deuses.


(Luis Henrique)

Mozart - A Flauta Magica, 1º ATO parte 4 (Legendado Portugues - BR)



Lucas e Peixe